quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Disciplina: Teorias do Jornalismo.

Resenha: Teoria dos Fractais Biográficos ou a Biografia sem-fim

     No que escreveu Pena, no livro de Teorias do Jornalismo, Na teoria em apreço Pena responde negativamente às indagações. O que está em questão é a aguda consciência da complexidade, faz-se necessário redirecionar as análises biográfico-históricas. Ele propõe análise crítica sobre o discurso biográfico e a possibilidade de aplicação dessa teoria na própria produção de biografias por jornalistas e historiadores
     Nessa teoria o autor se coloca a questionar o modelo do jornalismo de sua época como sendo algo muito mecânico, baseado em um formato que conduza tudo de forma muito fria, com início, meio e fim, questiona assim essa rotina que vive o jornalismo e lança do desafio da busca.
     Dessa forma o jornalismo apenas busca adequar a informação ao que o leitor já se acostumou a ver e ler, a informação busca apenas dizer algo como sendo uma correta verdade, usando assim um formato que não faz questão de ter parâmetros paralelos aos já incorporados no sistema, quando muitas vezes apenas reflete a realidade ao que se pode ver, mas não uma verdade completa de quem busca olhar de variados modos, quando fogem do modelo tradicional do jornalismo.
     O desafio então é construir um jornalismo sem a limitação do modelo seguido pelo jornalismo e da biografia padronizada no meio, assim como todos os seus vícios. O próprio cenário favorece a mudança do modelo que questiona Felipe Pena, considerando que hoje a biografia não é semelhante aos anos anteriores, onde agora é escrita todos os dias pela mídia, não mais é pesquisado uma bibliografia que escrevia apenas o determinada pessoa desejava falar.
     Pena da a entender que o jornalismo em velocidade ainda lenta, envereda-se por esse caminho desafiador e novo, podendo assim transformar o meio jornalístico em alguns anos. Gerando assim um modelo biográfico sem fim.
     Pena sugere que o jornalista relacione pequenas histórias fractais fora de ordem diacrônica, sem início, meio e fim, no interior de cada capítulo, como se a vida da personagem fosse um livro mesmo.
     Para Pena, o conceito de fractal está relacionado com a auto-semelhança, cada pequeno fractal é a cópia reduzida do grande fractal, essas subdivisões, repartições permitem explorar as visões polissêmicas do indivíduo.